Doçura de amor

No ritmo do canto do galo “cocorocóo”, na gaiola apupou as asas e com a brisa da madrugada deslizando, veio invadir-me com espada temperada de moléculas de amor, estava você e eu, eu e você e deu em nós para ver o dia nascer no quarto da minha alma, a doçura de amor decorada com pétalas à luz sexual, revela a existência pura, pele com melodia de atraência, lábios húmidos em expressão sútil, charme de mulher cativante aos meus olhos, leva-me nessa doçura de amor mergulhado de excitação, como num campo em chama, silêncio esculpido, é verdadeira muralha de deusa, dando-me terapia a vida, renasci sem roncar, descaído na plateia do meu coração, vi seu recanto corpo desejado desde a existência da vida, mas não alcançado por milhares, pois, foi desenhado com um único lápis escolhido por todos os anjos, para espalhar a flagrância exótica, cheia de curvas deslumbrante e mágica, ousada quando te deitas em meus lençóis, é doce demais apreciar, o morder suave a ponta de seus lábios, acena-me com o indicador para saborear a doçura de amor, solto leves sorrisos, sem resistência, nem reticências, dou-me molhado por dentro, é o viver do desejo de milhares em uma só alma, na minha e, então, venço as dúvidas com os meus olhos, sem regras, vejo você pronta com balançar de suas nádegas, faz fluir minhas células de glóbulos vermelhos, seus seios como centro de reflexos de um hino de poesia de amor, és um cartão de visita irresistível a face da terra, e não pude, ainda que eu pudesse resistir em tocar-te e, então, de alma nua fico desarrumado, com apetite enfurecido, olhos seduzidos e presos em ti, viajo aonde ninguém chegou um dia, mas cheguei e ouvi uma voz genial, temperada com celo da lua, chamando por nós para o banquete da doçura de amor, de perto de um coral celestial, rendidos a nós, desperta minha respiração e acelera meus impulsos em sua direcção, que nem a velocidade da Águia, fica declarado sermos presas fáceis, um do outro e doei-me a ti de joelhos ao chão, de olhos acima de ti, mãos a sua cintura, língua solta em corpo prontos para jornada da doçura de amor.

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Autor: Neucêncio Dikuiza. (Angola)